No processo de industrialização da batata quase 35% da
produção é descartada como resíduos, muitas das vezes disposta no meio ambiente
sem o tratamento adequado, podendo causar sérios problemas. Entre os resíduos
gerados pela industrialização da batata estão a casca ou pele, a polpa
residual, flakes de batata, batata úmida, farelo da batata, batata estragada,
com defeito ou batata podre, além da água utilizada na lavagem. A casca da
batata tende a ser um importante produto para indústria alimentícia, uma vez
que é rica em fibras e antioxidantes naturais como antocianinas, carotenoides,
antocianinas, ácidos fólicos, vitamina C e potássio, importantes para a
digestão e o metabolismo de carboidratos e proteínas, além de ser rico em
amido.
A busca por soluções aprimoradas
que possam melhorar o aproveitamento de resíduos da indústria de alimentos,
diminuir a contaminação do meio ambiente e promover a segurança alimentar por
meio de um consumo com qualidade e baixo custo tem motivado pesquisa com esse
resíduo. Artigos com estudos na área de resíduos de frutos, envolvendo a
guavira, abacaxi, berinjela, melancia, laranja, maracujá, jabuticaba, baru e
tamarindo já foram publicados. Com a técnica adequada de transformação, os resíduos
de processamento de batatas podem ser convertidos em subprodutos de alto valor
agregado ou matérias-primas para processos secundários ou, ainda, utilizados
como substratos para geração de novos produtos, enzimas e antibióticos.
Um subproduto gerado é a farinha obtida pela moagem da casca de
batata, passando por um processo tecnológico a fim de adequar-se para o uso em
pães, bolos, entre outros. Outro subproduto é a produção de combustível como o
etanol, através do cozimento da casca da batata, na qual é liquefeita pela ação
do calor, sofrendo na sequência, o processo de fermentação e destilação, no
intuito de gerar álcool combustível.
Nesse sentido, a avaliação das características físico-químicas dos resíduos da casca de batata é fundamental podendo ser transformados em farinha ou outros subprodutos ricos em nutrientes, ofertando a população alimentos mais saudáveis com baixo custo.
Referências:
ABBA - Associação Brasileira da Batata. Revista Batata Show. Ano 18, n 51, Agosto, 2018.
SANTOS, ALEXANDRA PEREIRA. Farinha de batata (solanum tuberosum I): obtenção, caracterização físico-química, funcional, elaboração e caracterização de sopas desidratadas. Dissertação de mestrado em engenharia de alimentos, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, Itapetinga-BA, 105p, 2009.
Gabriela Egidio Arelhano.
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