Data da publicação: 06/02/2015
Fonte: Relatórios Científicos 5, Artigo número: 8287 (2015)
Resumo: O revestimento de superfícies com o biomaterial obtido através de Pityrocarpa moniliformis é capaz de reduzir a adesão de bactérias gram-positivas
História completa
As proantocianidinas ou taninos condensados, são biomacromoléculas que
apresentaram ação antibiofilme, ou seja, que impedem a formação do biofilme de
bactérias. Se mostraram não biocida e apresentaram atoxicidade para células de
mamíferos em baixas concentrações. Isso significa que o revestimento impede que
as bactérias se adiram às superfícies e assim se proliferem em grandes
quantidades, ficando mais "soltas" na superfície e facilitando o
trabalho do sistema imunológico do organismo, combatendo-as. Tudo isso sem ser
tóxica para as células. Este é um resultado importante pois evita o uso de
antibióticos. O uso de antibióticos pode levar à resistência bacteriana.
Os pesquisadores tiveram como objetivo do trabalho, desenvolver um protótipo de superfícies revestidas com produto natural a partir da planta medicinal Pityrocarpa moniliformis, que repelisse as cepas de bactérias testadas e que fosse compatível com células de mamíferos. Se as espécies de bactérias encontram um ambiente favorável para a fixação, elas se proliferam como biofilmes, que são aglomerados bacterianos circundados por uma matriz extracelular que elas produzem e que as protegem. Como biofilme, essas bactérias ficam cerca de mil vezes mais resistentes à antibióticos que bactérias planctônicas (que vivem "sozinhas"). Esses fatores tornam muito difícil acabar com as bactérias em biofilme. E é por isso que evitar a adesão de bactérias, que é o primeiro passo para a formação do biofilme, é considerada uma estratégia promissora no combate à bactérias de biofilme.
As folhas do material vegetal Pityrocarpa moniliformis foram coletadas no Parque Nacional do Catimbau (PARNA do Catimbau, Pernambuco, Brasil). As folhas secas de P. moniliformis foram pulverizadas e submetidas à extração com água por maceração por 24 h. Os extratos obtidos foram purificados (“limpos”) por metanol e acetona. As análises de MALDI foram feitas utilizando o equipamento UltrafleXtreme MALDI-TOF / TOF (BrukerDaltonics, Bremen, Alemanha). Os compostos foram identificados por espectrometria de massas (MS). A cultura de bactérias para os ensaios in vitro foram de ágar Mueller Hinton. A adesão e a formação de biofilme foram avaliados usando o ensaio de cristal de violeta. A superfície revestida “verde” foi feita assim: uma lâmina de material chamado Permanox medindo 30 x 25 mm² foi revestida com extrato preparado obtido do material vegetal. Para maiores detalhamentos dos procedimentos metodológicos acessar o artigo completo.
Em conclusão, o trabalho mostra que o revestimento de “verde” é natural e é um candidato com grande potencial para filmes de superfície que combatem a infecção por bactérias formadoras de biofilme. Este trabalho promove o potencial do uso de biomateriais para diminuir o custo nas práticas médicas.
Os pesquisadores tiveram como objetivo do trabalho, desenvolver um protótipo de superfícies revestidas com produto natural a partir da planta medicinal Pityrocarpa moniliformis, que repelisse as cepas de bactérias testadas e que fosse compatível com células de mamíferos. Se as espécies de bactérias encontram um ambiente favorável para a fixação, elas se proliferam como biofilmes, que são aglomerados bacterianos circundados por uma matriz extracelular que elas produzem e que as protegem. Como biofilme, essas bactérias ficam cerca de mil vezes mais resistentes à antibióticos que bactérias planctônicas (que vivem "sozinhas"). Esses fatores tornam muito difícil acabar com as bactérias em biofilme. E é por isso que evitar a adesão de bactérias, que é o primeiro passo para a formação do biofilme, é considerada uma estratégia promissora no combate à bactérias de biofilme.
As folhas do material vegetal Pityrocarpa moniliformis foram coletadas no Parque Nacional do Catimbau (PARNA do Catimbau, Pernambuco, Brasil). As folhas secas de P. moniliformis foram pulverizadas e submetidas à extração com água por maceração por 24 h. Os extratos obtidos foram purificados (“limpos”) por metanol e acetona. As análises de MALDI foram feitas utilizando o equipamento UltrafleXtreme MALDI-TOF / TOF (BrukerDaltonics, Bremen, Alemanha). Os compostos foram identificados por espectrometria de massas (MS). A cultura de bactérias para os ensaios in vitro foram de ágar Mueller Hinton. A adesão e a formação de biofilme foram avaliados usando o ensaio de cristal de violeta. A superfície revestida “verde” foi feita assim: uma lâmina de material chamado Permanox medindo 30 x 25 mm² foi revestida com extrato preparado obtido do material vegetal. Para maiores detalhamentos dos procedimentos metodológicos acessar o artigo completo.
Em conclusão, o trabalho mostra que o revestimento de “verde” é natural e é um candidato com grande potencial para filmes de superfície que combatem a infecção por bactérias formadoras de biofilme. Este trabalho promove o potencial do uso de biomateriais para diminuir o custo nas práticas médicas.
Fonte da história: Scientific reports.
Referência do estudo:
1. Trentin, D., Silva, D., Frasson, A. et al. Natural Green Coating Inhibits Adhesion of Clinically Important Bacteria. Sci Rep 5, 8287 (2015). https://doi.org/10.1038/srep08287.
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